Pular para o conteúdo principal

Inversão de valores. De quem é a culpa?





“E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” (Romanos 12:2) 

 

O cenário atual reflete uma preocupação crescente com a evolução da sociedade e a perda de valores morais. Muitos atribuem essa mudança à influência da globalização e da tecnologia, apontando para meios como rádio, televisão, internet e até mesmo a educação universitária como responsáveis por esse desvio de valores. Vivemos em uma sociedade onde a linha entre certo e errado parece cada vez mais tênue, levantando a questão: de quem é a culpa?

 

Acreditamos que a inversão de valores é resultado da capacidade humana tanto de influenciar quanto de ser influenciado. Assim, a fonte tanto do veneno quanto do antídoto está dentro de nós mesmos.

 

No livro de Gênesis, não há menção a tecnologias como televisão, internet ou universidades. No entanto, desde o início da criação, vemos a humanidade lutando para discernir entre o certo e o errado. O relato da ambição, desobediência e mentira demonstra a fragilidade humana diante da influência. Adão e Eva, por exemplo, tinham a escolha de seguir as orientações de Deus ou as da serpente, que representava a tentação.

 

Atualmente, a “serpente” hoje representada pelas distrações, ainda está presente, manipulando a humanidade. Cabe a nós preservar nossos valores e transmiti-los adiante. A Bíblia nos instrui a educar nossos filhos no caminho correto: “Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele.” (Provérbios 22:6),mas muitos pais têm perdido essa conexão, ocupados demais com suas carreiras e a busca por uma vida material melhor.

 

É importante questionar se a estrutura financeira do lar é mais valorizada do que a estrutura emocional e afetiva. Culpar a tecnologia pela educação dos filhos é, na verdade, uma forma de evitar nossa própria responsabilidade e negligência. Não são as TVs ou a internet que precisam sair de nossas casas, mas nós que devemos voltar a estar presentes e cumprir nosso papel de pais e influenciadores.

 

A inversão de valores começa dentro de nossos lares, quando deixamos de lado nossos próprios valores para observar os defeitos alheios. Nossos filhos precisam de orientação diária sobre o que é certo e errado. Protegê-los do erro não os torna seres humanos melhores, apenas indiferentes às necessidades dos outros.

 

 Assim como Adão e Eva, vivemos no mesmo mundo que a “serpente”, mas não podemos permitir que ela nos influencie. Temos o poder de influenciar e de ser influenciados, e cabe a nós decidir como usar esse poder.

 

“Não procure ser um homem com êxito, e sim um homem com valores.”(Albert Einstein).

 




Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Quando a rivalidade vira obsessão

O filme ‘O Grande Truque’, recentemente prendeu a minha atenção. E isso não tem nada a ver com os protagonistas do filme, ou até mesmo, com os truques de ilusionismo apresentados.   A história se passa na Inglaterra do século XIX, uma época em que os truques de ilusionismos, atraiam multidões. O filme narra a história de Alfred e Robert, dois grandes mágicos que inicialmente trabalhavam em parceria, mas que em determinado momento se tornam rivais, em busca da supremacia no mundo do ilusionismo. O que começa como uma competição saudável logo se transforma em uma batalha intensa e obscura.   Um dos truques do Alfred faz sucesso, e para descobrir o segredo do rival, Robert usa de meios ardilosos e nada convencionais para acabar com o sucesso do oponente. A trama se desenrola com reviravoltas emocionantes, revelando o lado sombrio da obsessão pela perfeição e pela superação.   'O Grande Truque' nos ensina que competição e rivalidade são naturais, mas é importante lembrar que o adve

Escravos por opção

  A história do Brasil é marcada por um período sombrio em que os negros foram escravizados pelos brancos. Durante séculos, eles sonharam com a liberdade, até que finalmente chegou o dia da abolição da escravatura. No entanto, para muitos deles, a transição para a liberdade não foi fácil. Acostumados a uma vida de servidão, muitos negros não sabiam como lidar com a nova realidade de liberdade. Sabiam como ser escravos, mas não como ser livres. Foi necessário um processo de adaptação e aprendizado para entender e exercer plenamente sua liberdade. Muitos enfrentaram desafios e dificuldades nesse processo, pois a liberdade traz consigo novas responsabilidades e escolhas que antes não eram possíveis. Vivemos em um país onde a liberdade é um direito fundamental, porém muitos de nós ainda não compreendem verdadeiramente o significado dessa palavra. Assim como os negros do passado, que mesmo libertos ainda não se sentiam livres, muitos de nós hoje agimos como se fôssemos escravos, submetidos

A escritora gentiourense Mônica Bastos encanta os leitores com o romance "Antes que o Pó Volte à Terra"

É com imenso prazer que compartilho com vocês a notícia do lançamento de mais um livro da escritora baiana/gentiourense Mônica Bastos, o romance "Antes que o Pó Volte à Terra".  Como entusiasta das palavras, esta obra representa não apenas uma história, mas um mergulho profundo na complexidade das relações humanas e das escolhas que moldam nossos destinos. "Antes que o Pó Volte à Terra" é uma jornada literária que se desenrola com camadas de emoção, personagens vibrantes e reviravoltas que desafiam as expectativas. É uma celebração da vida, do amor e da resiliência diante das adversidades. A trama transcende o tempo, misturando passado e presente de maneira envolvente. Personagens ganham vida nas páginas, cada um contribuindo para a riqueza da narrativa.  Sem dúvidas, é uma história que despertará sentimentos profundos e reflexões sobre a essência da existência.   Mensagem da Autora:   Escrever “Antes que o Pó Volte à Terra” foi mais do que simplesmente escrever um