“Os hipócritas são aqueles que aplicam aos outros os padrões que se recusam a aceitar para si mesmos”. (Noam Chomsky)
Se houvesse uma palavra para definir o contexto social atual, essa palavra seria, sem dúvida, hipocrisia. Quando mergulhamos no significado da palavra, entendemos sua verdadeira essência: a hipocrisia é o ato de fingir ter crenças, virtudes, ideias e sentimentos que a pessoa na verdade não possui. Ela designa moralmente pessoas que representam e fingem ter uma conduta adequada. Um exemplo clássico de hipocrisia é apontar os erros dos outros enquanto se age da mesma maneira.
Todos nós, em algum momento da vida, agimos com hipocrisia, quando focamos na vida alheia em vez de olharmos para nós mesmos. Um versículo bíblico que aprecio muito nos adverte sobre essa postura inadequada: “E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho?” (Mateus 7:3).
Essa passagem nos lembra como é fácil nos perdermos em julgamentos alheios enquanto ignoramos nossas próprias falhas. A lição moral implícita é evitar a hipocrisia e a censura. A analogia é clara: julgamos e acusamos os outros de mentir, enquanto cometemos ações ainda mais graves.
Na esfera pública, não é incomum ver pessoas condenando seus adversários em vez de destacar suas próprias qualidades. Assim é a natureza humana. A sabedoria popular, muitas vezes subestimada em relação ao conhecimento científico, tem sempre algo a dizer sobre o comportamento político ou social.
O ditado "macaco não olha para o próprio rabo" ilustra de forma precisa a tendência das pessoas de esquecerem seu próprio comportamento ao criticar os outros. Na verdade, é notório que muitos dos “reclamantes” são executantes dos próprios atos que condenam.
Que possamos olhar para nós mesmos antes de apontarmos o dedo para os outros.
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