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Em quatro passos, aprenda a valorizar os seus serviços




Se alguém me perguntasse quanto eu valho, minha resposta seria: "Não tenho preço, meu valor é incalculável." Estou certa? Sim, pois, na verdade, qualquer um pode colocar preço, mas cabe a nós determinar o valor. Infelizmente, o preço dos serviços profissionais sobe ou desce de acordo com a demanda, ou seja, de acordo com a necessidade que temos deles. Quanto mais raro, difícil e menos acessível, mais caro fica, e vice-versa.

 

Gosto muito de café. Em uma ocasião, estava em um evento onde não serviam café. Um colega apareceu com uma garrafa e a colega ao lado brincou: "Quanto custa uma xícara de café?" Ele, brincando, respondeu: "R$ 10,00." Ela retrucou: "Um pacote de café custa R$ 3,50; imagine quantas garrafas de café dá para fazer com um único pacote?" Eu, que gosto muito de café, respondi: "R$ 3,50 em casa, por essa xícara de café pago até R$ 15,00."

 

Para quem não gosta de café e não vai se preocupar em ficar o dia inteiro sem consumi-lo, R$ 10,00 é muito. No entanto, para quem ama café e vai ficar o dia inteiro sem tomar uma xícara, R$ 10,00 pode tornar-se irrelevante. Poderíamos até dizer que é um ótimo investimento. Não é preço, é valor. Em relação à nossa vida profissional, não é diferente. Nosso preço depende totalmente do valor que as pessoas dão aos nossos serviços. Isso acontece quando nos tornamos profissionais qualificados, competentes, responsáveis, confiáveis e principalmente indispensáveis. 

 

Como valorizar os meus serviços?

 

Valorize-se: Muitos profissionais acreditam que é preciso baixar o preço de determinado serviço, visto entenderem que a concorrência está cada vez mais acirrada. Para que nossos serviços sejam valorizados, essa valorização precisa vir do próprio profissional. Há consumidores que acreditam que produto caro é um bom produto. Para esses consumidores, o preço ainda é indicativo de qualidade. 

 

Apresentação: Alguém em determinado momento disse: "A primeira impressão é a que fica." Bem que poderia ser diferente, até porque muitas vezes o primeiro contato geralmente é o mais difícil, ansiedade, medo e um misto de interrogações surgem na mente, dificultando uma apresentação à nossa altura. Sabemos que é difícil, sendo assim, precisamos pensar sempre: "Essa pode ser a única oportunidade da minha vida, preciso dar o meu melhor." Se a primeira impressão é a que fica, que seja a melhor possível.

 

Vigilância: Quando uma empresa tem interesse em determinado profissional, obviamente fará um levantamento sobre ele. Sendo assim, cuidado, você pode estar sendo observado. Sabe aquele negócio de que minha vida pessoal não tem nada a ver com minha vida profissional? Conto da carochinha. Por quê? John C. Maxwell sabiamente escreveu: "Não dá para ter um sistema de valores para uso no mundo dos negócios e outro para a vida pessoal. O caráter de uma pessoa rege toda a sua vida."

 

Paciência: Um profissional bem-sucedido não nasce do dia para a noite, trata-se de um processo gradativo. Requer preparação, dedicação, eficácia e paciência. Semelhante a uma árvore, assim é nossa vida profissional. Antes de lançar a semente, analisamos o solo. Muitos profissionais comemoram quando lançam as sementes, mas é preciso compreender que lançar sementes em solos inférteis é perda de tempo. Precisamos cultivar a semente até que ela comece a germinar. E é no solo que tudo acontece, de maneira invisível, a raiz é formada. É na raiz, na base, que está todo o segredo. Quando os primeiros ramos começam a aparecer, é sinal de que nosso trabalho está começando. Mas é preciso dedicação contínua. A árvore precisa ser cultivada com cuidado para que as tempestades não a arranquem. Com muito cuidado e dedicação, nascem as folhas, as flores e, finalmente, os frutos. Infelizmente, a árvore só é vista quando começa a dar frutos. E, quem não quer sentar-se embaixo de uma bela sombra e comer umas frutinhas? 


Aqueles que não conseguem colher, começam a atirar pedras na calada da noite. Muitas vezes, o objetivo não é derrubar a árvore, mas experimentar seus frutos gratuitamente ou a preço de banana, sem se importarem com o trabalho e tempo investidos pelo dono da árvore. Infelizmente, não percebem que a pedra, quando não acerta o fruto, acerta a árvore e pode, muitas vezes, machucá-la e, dependendo das pedradas, até matá-la. O que fazer diante dessa situação, quando os frutos estão visíveis e atraindo atenção? Preservar nossa árvore para que seus frutos sejam raros, menos acessíveis e bastante procurados. Para que haja preço, precisa haver valor.

 


 

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