Pular para o conteúdo principal

A arte da resiliência




Viver definitivamente não é fácil. É uma jornada repleta de desafios que exigem um esforço constante de nossa parte. Somos seres emocionais, e tudo à nossa volta pode nos levar a desistir ou a seguir com mais determinação, dependendo do nosso nível de resiliência.

 

A resiliência é a capacidade de lidar com as adversidades, resistindo a grandes pressões, sem entrar em colapso, transformando experiências negativas em aprendizado e oportunidades. É superar as dificuldades e ressurgir mais forte após momentos difíceis.

 

É a força aliada a uma forte vontade de vencer e que depende exclusivamente de nós e da nossa capacidade em tomar decisões.

 

Ser resiliente não é nada fácil. É difícil manter a serenidade diante das adversidades, gerenciando nossas emoções. No entanto, aqueles que desenvolvem essa habilidade têm mais chances de sucesso. Por quê? 

 

Durante a nossa trajetória de vida, aprendemos que razão e emoção devem caminhar separadas e que em momentos decisivos, a razão deve sempre prevalecer. No entanto, o neurocientista português António Damásio, afirma que as emoções são inseparáveis da razão humana e que as emoções desempenham um papel muito importante no desenvolvimento do raciocínio e na tomada de decisão.  

 

Segundo António há certas decisões que são evidentemente feitas pela própria emoção. Se a razão caminha lado a lado com as emoções, administrar as emoções nos coloca à frente daqueles que insistem em optar pela razão ou daqueles que optam sempre pela emoção.

 

Sabemos que todos os seres humanos são diferentes psicologicamente e individualmente tem uma história de vida. ­­­­­­­­ É natural que alguns tenham um repertório melhor que outros para lidar com as adversidades e suportar o estresse. Por isso é de suma importância compreender que a resiliência significa construir novos caminhos de vida a partir do enfrentamento das adversidades. Fernando Loschiavo Nery descreve resiliência claramente em uma das suas frases: “Se atirarem pedras contra você, faça delas uma muralha ou um grande castelo.”

 

Em suma, viver requer resiliência. É preciso saber enfrentar as tempestades, reconstruir após os estragos e encontrar oportunidades nos destroços. Afinal, como disse Augusto Cury: "Não há céu sem tempestades, nem caminhos sem acidentes."

 

  

 




Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O caminho para “Antes que o pó volte à terra”

  Todos que me conhecem sabem que meu primeiro livro, 'Um Líder Recrutado por Deus', é uma obra cristã. Posteriormente, em coautoria, escrevi alguns livros voltados para o desenvolvimento pessoal e profissional. Contudo, dentro de mim, havia o desejo de escrever um romance.  Como “tudo em nossa vida é uma decisão”, então decidi me aventurar em um novo gênero literário, mesmo ciente de que não seria uma escolha fácil.    Por muito tempo, a ideia de mergulhar na escrita de um romance despertava em mim um misto de excitação e medo.  Acostumada a escrever textos motivacionais e reflexivos, a transição para a ficção era como entrar em um território desconhecido, regido por regras e expectativas totalmente diferentes.   Então, o temor de não ser levada a sério ou de não corresponder às expectativas, frequentemente me fazia questionar minha decisão. Perguntava-me se estava fazendo a escolha certa, se estava preparada para enfrentar as críticas e desafios que certa...

Depois de algum tempo você aprende...

  Como você consegue se relacionar tão bem com as pessoas?'  Essa foi a pergunta que uma amiga me fez recentemente. Na ocasião, ela compartilhou comigo sua dificuldade e falta de paciência para lidar com outros indivíduos, inclusive amigos próximos. Infelizmente, esse é um problema comum. Hoje em dia, as pessoas parecem estar cada vez mais impacientes. Não é atoa que os animais de estimação têm ocupado os lares e o coração das pessoas ao redor do mundo. O fato é que as relações humanas são complexas e exigem tempo, esforço e empatia. É importante lembrar que todos nós somos diferentes, e é justamente essa diversidade que torna os nossos relacionamentos tão enriquecedores. Ao invés de nos fecharmos em nossa própria bolha, podemos buscar compreender o outro, até porque “cada um dá o que tem no coração”. Como eu consigo me relacionar tão bem com as pessoas? O Menestrel de William Shakespeare, pode responder essa pergunta. “Depois de...

Além da meia-noite

  2024 finalmente chegou! E em meio às festividades, fogos de artifício e jantares festivos, surge aquela sensação palpável de expectativa pelo futuro. As pessoas direcionam seus olhares para o que está por vir, como se a meia-noite marcasse a abertura de um portal, uma oportunidade para ‘deixar para trás’ tudo o que não serviu mais e iniciar uma nova e empolgante história. A tradição de encarar o final de ano como um divisor de águas é familiar para muitos, mas será que esse otimismo repentino traz benefícios reais? Geralmente, aqueles que abraçam essa mentalidade são os mesmos que têm o hábito de procrastinar, adiando decisões e prolongando situações. Quem nunca conheceu alguém que, ao decidir iniciar uma dieta, decide "aproveitar" o final de semana antes do pontapé inicial na segunda-feira? A realidade é que não existe um dia específico para iniciar mudanças positivas em nossas vidas ou tirar projetos da gaveta. A cada novo dia, somos agraciados com a oportunidade de trans...