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Eu, egoísta?




Nós, seres humanos, somos frequentemente inclinados ao egoísmo. Existe até uma controvérsia sobre se essa é uma característica natural ou um hábito adquirido. Independentemente disso, assumir tal comportamento é típico de nós, seres humanos.

 

Mas será que somos realmente egoístas? A verdadeira essência da palavra nos ajuda a entender. Gosto da definição de Oscar Wilde: "Egoísmo não é viver à nossa maneira, mas desejar que os outros vivam como nós queremos." Isso nos leva a refletir sobre a sociedade em que vivemos, onde o individualismo e o capricho prevalecem, enquanto o amor e o respeito ao próximo são escassos.

 

Todos nós temos o direito de buscar uma vida individual significativa, mas também temos o dever de garantir que nosso individualismo não esbarre nos direitos dos outros. Todos têm o direito de valorizar-se, de destacar-se e de lutar pelo que acreditam. No entanto, para alcançar tais proezas, não nos é concedido o direito de acotovelar, desrespeitar ou ofender.

 

Segundo alguns especialistas sobre o assunto, a sociedade apresenta três tipos de egoístas:

 

O egoísta pessoal – aquele que quer tudo para si, sempre exigindo privilégios. Sua preocupação exacerbada com os próprios interesses faz com que qualquer coisa ou pessoa que os contrarie seja vista como um estorvo a ser eliminado.

 

egoísta de classe – aquele que tem plena certeza de que o grupo ao qual pertence é o único correto e tem direitos inegáveis. Seja um grupo religioso, político ou profissional. Ele esquece que existem inúmeros outros grupos na sociedade, com pensamentos e posicionamentos legítimos e respeitáveis, com sentimentos, anseios e ideais.

 

O egoísta de família – aquele para quem sua família é melhor que as outras, um sangue especial corre em suas veias. Seus membros familiares merecem tudo. Em caso de divergência com outras pessoas, seus familiares têm, certamente, a razão. Ele não cogita a hipótese de que seus filhos possam estar errados, ou de que seus pais possam ser desonestos.

 

Vivemos em um mundo onde a civilidade, a harmonia e o respeito são muitas vezes ignorados. Alguns afirmam que o que prevalece é a lei da selva.  No entanto, devemos lembrar que, na selva, há um equilíbrio no ecossistema que não é autodestrutivo.  Devemos aspirar a ser mais racionais e menos egoístas, como disse Confúcio: "Não faça aos outros o que você não quer que seja feito a você".

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