De acordo com a filosofia, a liberdade é a condição daquele que é livre. É a autonomia para gerir nossa vida conforme nossos desejos.
Na adolescência, muitos aguardam ansiosamente os 18 anos, a fim de alcançar a tão sonhada liberdade. No entanto, a realidade é mais complexa.
Somos verdadeiramente livres para fazer tudo o que quisermos?
Para a filosofia, a liberdade é considerada uma utopia, já que nunca a alcançaremos em sua plenitude. Somos livres, porém limitados, pois vivemos em uma sociedade que se desenvolve sob normas de conduta de cunho religioso, moral, social e jurídico.
Então, não. Nem sempre somos livres para fazer o que desejamos.
1 Coríntios 10:23, traduz exatamente isso: “Tudo é permitido”, mas nem tudo convém. “Tudo é permitido”, mas nem tudo traz benefícios”.
A pandemia do Covid-19 é um grande exemplo de como a nossa liberdade pode ser tolhida, mesmo quando a liberdade de locomoção é um direito fundamental assegurado pela Constituição.
Por isso, cabe a nós a compreensão de que certas limitações objetivam um bem maior. No caso da pandemia, as restrições ocorrem priorizando a saúde e a vida da coletividade.
Da mesma forma, mesmo compreendendo que somos “livres” para tomar as nossas decisões, e “livres” para nos comportar como bem entendermos; existem situações que nos "obrigam” muitas das vezes, a recuar. Isso quando deixamos o egoísmo de lado e paramos de pensar só em nós mesmos.
Para a manutenção, por exemplo, de qualquer relacionamento, seja ele profissional ou pessoal, muitas das vezes temos que abrir mão de certas vontades e comportamentos. O que muitas vezes é confundido com invasão da privacidade, na verdade é bom senso.
Tudo é uma questão de escolha. Algumas regras nos são impostas. Aceitá-las ou não, depende da nossa vontade de pertencimento.
Alguns órgãos públicos restringem a vestimenta. Então, para entrar tem que se adequar.
Da mesma forma é a vida, em algumas situações somos forçados a nos adequar.
Essa é a tal liberdade, uma ilusão de que somos livres.
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