Pular para o conteúdo principal

Não existe beco "sem saída"

 

 


"Charlie Brown Jr. certa vez disse em uma de suas músicas: 'As circunstâncias se tornaram um beco sem saída'.

 

Essa frase me chamou a atenção, pois acredito que um 'beco sem saída' seja um lugar onde muitos já estiveram e não gostariam de retornar. A expressão é comumente usada para descrever uma situação de difícil resolução, quando nos sentimos encurralados diante de um problema.

 

No entanto, se pensarmos literalmente, não há beco sem saída, pois se assim fosse, também não haveria entrada, não é mesmo?

 

É importante lembrar que, mesmo que algumas pessoas tentem dificultar nossa vida e nos causem problemas, muitas vezes, através das nossas atitudes e decisões, nós nos colocamos em situações difíceis.

 

Nossas escolhas definem o caminho que vamos percorrer. Por isso, é fundamental prestar atenção em como conduzimos nossa vida, a fim de evitar que as circunstâncias nos levem a um beco sem saída, ou melhor dizendo, a um beco com uma única saída - aquela pela qual entramos.


É natural sentirmos prazer em avançar e conquistar. Por isso, recuar não é algo fácil. Muitas vezes, optamos por enfrentar as consequências de uma decisão que nos levou a uma situação difícil, em vez de voltar atrás ao percebemos que não temos outra escolha.


Deste modo, postergar não é uma decisão sábia, é apenas uma maneira de adiar o inevitável, retardando aquilo que cedo ou tarde acontecerá.

  

Quando nos encontrarmos em uma situação difícil, é importante compreender que não há um “beco sem saída”, assim como não há um problema sem solução. O que existe, na verdade, é uma resistência em reconhecer que, em algumas situações, não temos opções, a não ser voltar atrás. 

 

 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Resenha do filme mãos talentosas

Mãos Talentosas retrata a vida de Ben, um menino pobre, negro, que não tinha muita chance de crescer na vida, ou seja, de se tornar um homem bem-sucedido. Ben sempre tirava notas muito baixas na escola e por conta disto era altamente criticado pelos colegas, fazendo com que ele se sentisse como uma pessoa burra, e assim desenvolvendo um temperamento muito agressivo. A mãe de Ben sempre acreditou no potencial de seu filho, incentivando-o a estudar, a trocar a TV por bons livros, a não desistir, pois acreditava que o filho teria um futuro totalmente diferente do seu. Através do esforço, incentivo e dedicação da mãe, Ben chegou a ser o melhor aluno da sala. Cresceu e conseguiu alcançar o seu objetivo, não só se tornou médico, mas o melhor neurocirurgião do mundo. Quando comparamos o filme ao universo do coaching, logo podemos perceber o poder da Programação Mental Positiva, exercida pela mãe de Ben, que o ensinava todo o tempo a materialização dos seus pensamentos, ou seja, fazendo com qu...

Nosso poder de decisão

Em certos momentos de nossas vidas, nos deparamos com desafios que parecem nos sobrecarregar. Nossas escolhas podem parecer equivocadas, e a vida se apresenta ainda mais difícil. Nestes momentos de incerteza, é natural ansiar por alguém com quem possamos compartilhar nossas dúvidas e inquietações, alguém que nos oriente ou simplesmente nos ouça.   A necessidade de sermos ouvido é profunda, mas será que estamos nos abrindo com as pessoas certas? Será que elas estão aptas a nos orientar de maneira adequada?   Essas perguntas nos fazem questionar quem realmente está no controle de nossas vidas. Permitir que terceiros decidam por nós pode ser um grande obstáculo para nosso sucesso. Reconhecer esse tipo de comportamento é um passo importante, pois nós somos as pessoas mais aptas a identificar os nossos problemas e as mais interessadas em resolvê-los. Portanto, é fundamental aprender a escutar a nossa própria voz interior, ouvir o que nosso coração diz, o que nossa razão orienta e...

Aprendendo a orar com as formigas

Outro dia, vi uma formiga que carregava uma enorme folha. A formiga era pequena e a folha devia ter, no mínimo, dez vezes o tamanho dela.  A formiga a carregava com sacrifício. Ora a arrastava, ora a tinha sobre a cabeça. Quando o vento batia, a folha tombava, fazendo cair também à formiga. Foram muitos os tropeços, mas nem por isso a formiga desanimou de sua tarefa. Eu a observei e acompanhei, até que chegou próximo de um buraco, que devia ser a porta de sua casa.Foi quando pensei: “Até que enfim ela terminou seu empreendimento”. Ilusão minha. Na verdade, havia apenas terminado uma etapa.    A folha era muito maior do que a boca do buraco, o que fez com que a formiga a deixasse do lado de fora para, então, entrar sozinha. Foi aí que disse a mim mesmo: “ Coitada, tanto sacrifício para nada.” Lembrei-me ainda do ditado popular: “ Nadou, nadou e morreu na praia.” Mas a pequena formiga me surpreendeu. Do buraco saíram outras formigas, que começaram a cortar a folha em peque...