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Quem manda na minha boca sou eu


Vivemos em um País onde a Constituição nos assegura a livre manifestação do pensamento, ou seja, temos o direito de manifestar livremente, opiniões, ideias e pensamentos pessoais sem medo de retaliações.

Desde cedo, mesmo sem uma compreensão clara deste direito, já o exercia frequentemente. Lembro-me que quando criança, sempre que alguém me mandava calar a boca, tinha como resposta, o adágio: “Cala boca já morreu, quem manda na minha boca sou eu”. Naquela época, no meu entendimento, eu poderia falar o que e quando quisesse, já que a boca pertencia a mim.

Com o passar dos anos, e após grandes experiências regadas de amadurecimento, aprendi que, verdadeiramente quem manda na minha boca sou eu, mas nem por isso, devo falar o que quero no momento que quero. Como diz 1 Coríntios 6:12: “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm”.

Não é porque temos o direito de expressar livremente o nosso pensamento, que devemos sair por aí, falando demais a ponto de ofender, machucar e entristecer outras pessoas. Se podemos falar o que quisermos, por que não usarmos essa poderosa ferramenta para ajudar e edificar a vida das pessoas que nos cercam?

Algumas pessoas acreditam que falar tudo que vem na cabeça é uma virtude, é autenticidade. Não confundam autenticidade com falta de bom senso.

É interessante, saudável, sentar-se em uma roda de conversa e discutir os mais diversificados assuntos, expressando as nossas opiniões por mais contrárias que sejam. O que não é saudável é sentar-se nesta mesma roda e usar a nossa capacidade de expressão para humilhar, criticar, ofender e magoar as pessoas que estão à nossa volta.

Criar um diálogo saudável quando, de forma egocêntrica, pomos a conversa a girar em torno das nossas vontades e necessidades é praticamente impossível. Os julgamentos e as críticas não construtivas, impedem a compreensão e entendimento e consequentemente geram afastamento.

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