De acordo com a bíblia, ao retornar à sua cidade natal, Jesus iniciou seus ensinamentos na sinagoga local. Todos ficaram admirados e perguntavam: "De onde lhe vêm esta sabedoria e estes poderes milagrosos? Ao descobrir que Jesus era o filho do carpinteiro José, as pessoas se desiludiram.
Na ocasião, Jesus disse: “Só em sua própria terra e em sua própria casa é que um profeta não tem honra".
Diante da incredulidade do povo, Jesus não realizou grandes milagres em sua terra.
Mesmo após séculos, ainda enfrentamos desafios semelhantes. É preciso maturidade para lidar com o preconceito e a incredulidade daqueles próximos a nós em relação às nossas competências profissionais. Mesmo diante de todas as habilidades, muitos acreditam que "Santo de casa não faz milagre".
Na verdade, esse tipo de pensamento, além de preconceituoso, é dotado de uma tolice extrema. O local de nascimento não determina nossa capacidade profissional. O que nos define é o aproveitamento das oportunidades, dedicação e responsabilidade.
Infelizmente, esse tipo de comportamento não se limita à profissão, afetando também nossa vida pessoal. Muitos lares se desfazem pela falta de cuidado e reconhecimento.
O ser humano busca valorização, mas muitas vezes o valor só é dado quando há perda. A partir da perda, da falta, percebe-se a importância daquilo que se tinha. É necessário valorizar o que temos enquanto temos.
Nos dias de hoje, quem não queria ter a oportunidade de sentar-se ao lado de Cristo em uma Sinagoga?
Jesus foi rejeitado por seu povo, mas isso não mudou sua essência. A rejeição foi uma perda para aqueles que não reconheceram sua grandeza.
O Santo de casa também faz milagres porque o milagre é consequência do ser, não do lugar onde você está.
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