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Manter ou perder?




 

“Então conheçamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor...”. (Oséias 6:3)

 

Deus é onisciente, buscar o seu conhecimento é um caminho constante e enriquecedor. Para quem almeja o sucesso, a proximidade com aquele que sabe todas as coisas é fundamental. Quanto mais nos aproximamos do Senhor, mais aprendemos.

 

Ao refletirmos sobre a passagem de Naum 1:2, que descreve Deus como zeloso, somos levados a entender mais um atributo divino: o zelo. Ser zeloso é cuidar com atenção, dedicação e empenho, é ter responsabilidade com o que nos é confiado.

 

Deus cuida com zelo de tudo o que lhe pertence, incluindo cada um de nós, pois somos sua criação. No entanto, será que estamos sendo igualmente zelosos com o que Deus tem nos dado? Deus é bom, e nos presenteou com o dom da vida, infelizmente muitas vezes, agimos como se a vida não fosse algo grandioso e importante. 

 

Se não cuidamos da nossa própria vida, do nosso corpo, da nossa mente, da nossa alma, por que motivo Deus nos daria mais? Para desprezarmos? Não é Deus quem não tem nos dado, nós é que não percebemos a grandiosidade de tudo aquilo que temos recebido.

 

Muitas vezes não entendemos o porquê de algumas perdas, mas precisamos estar certos de que, tudo aquilo que é deixado de lado, acaba se deteriorando. Sendo assim, precisamos aprender que tudo, tudo nesta vida requer de nós manutenção, ou seja, zelo. No entanto somos livres e temos algumas opções: 

 

1. Manutenção preventiva: A manutenção preventiva é uma prática que visa evitar a ocorrência de problemas futuros. Envolve a valorização e a conscientização sobre a importância dos recursos que possuímos, seja de forma tangível ou intangível. É necessário investimento contínuo para manter o que valorizamos e desejamos preservar. Muitas vezes, só percebemos a real importância de algo quando estamos prestes a perdê-lo. Agir de forma preventiva é uma maneira inteligente de evitar perdas desnecessárias.

 

2. Manutenção corretiva:  A manutenção corretiva é a intervenção realizada para corrigir um problema que surgiu devido à falta de cuidado. Para restaurar o funcionamento adequado, é essencial investir na substituição de peças danificadas. É importante utilizar peças novas, pois remendos temporários podem resolver o problema momentaneamente, mas se o defeito retornar, pode ser irreparável. Portanto, é imprescindível realizar uma revisão completa e substituir tudo o que estiver danificado, garantindo que o reparo seja feito de maneira eficaz.

 

3. Substituição: A substituição ocorre quando negligenciamos algo a ponto de não haver mais possibilidade de conserto. É o momento em que percebemos que não resta alternativa senão substituir. Esta é a fase mais desafiadora; no caso de bens materiais, há perda financeira, mas nos bens intangíveis, as perdas são ainda maiores. Estamos prontos para admitir que, por falta de zelo e cuidado, perdemos algo que era precioso para nós? Estamos preparados para assumir a responsabilidade por nossa negligência? Não podemos culpar os outros por algo que é exclusivamente nossa responsabilidade. Embora seja doloroso, a fase de substituição pode ser extremamente enriquecedora, pois nos permite refletir sobre nossos erros, não para nos punir, mas para aprender e crescer. É um momento de olhar para frente e entender que, apesar das dificuldades e dores da manutenção, nada se compara à dor da perda, especialmente quando sabemos que a culpa foi nossa, por não termos cuidado como deveríamos.

 

Devemos refletir sobre nossas atitudes e prioridades. Valorizar e cuidar do que temos é fundamental para manter a integridade e a qualidade de nossas vidas. Como disse Fernando Lapolli: "O valor não está na forma como você conquista, mas sim na habilidade de manter o que você conquistou."

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