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O poder do agora

 



Na juventude, lembro-me de assistir ao filme "De Volta Para o Futuro". O filme narra a história de um jovem que, ao acionar uma máquina do tempo inventada por um cientista excêntrico, viaja de volta aos anos 50. Lá, ele se vê em um dilema ao conhecer sua mãe antes de ela se casar com seu pai. Ela se apaixona por ele, ameaçando sua própria existência, pois qualquer mudança afetaria irreversivelmente o futuro, transformando-o em um improvável cupido entre seus próprios pais.
 
Naquela época, eu alimentava a esperança juvenil de que um dia as máquinas do tempo seriam construídas, permitindo-nos revisitar o passado e moldar o futuro. Era o sonho de uma adolescente romântica e sonhadora.
 
Com o passar dos anos, percebi que as máquinas do tempo permaneceriam no campo da ficção, e que, de fato, não precisamos voltar ao passado para forjar o futuro. Basta olhar para trás. Como disse Henry Ford: “O passado serve para evidenciar as nossas falhas e dar-nos indicações para o progresso do futuro”. 

O passado possui esse poder de nos fazer refletir sobre nossas escolhas e as consequências que delas advêm. O presente é resultado de escolhas passadas, e o futuro será moldado pelas escolhas que fazemos agora. O passado não determina nosso futuro; é o presente que o molda. Portanto, é importante reconhecer o poder do agora, o poder do momento presente. 

As decisões que tomamos hoje terão impacto direto ou indireto em nosso futuro.
 
Muitas vezes, de maneira imperceptível, tomamos decisões diárias sem considerar suas consequências, desde as mais simples até as mais complexas.
 
É importante lembrar que, quem não se protege da chuva inevitavelmente se molha. Quem se entrega às drogas corre o risco de se viciar. Quem se ausenta demais, eventualmente deixa de ser lembrado.
 
Todas as nossas escolhas têm consequências, positivas ou negativas. Portanto, é nossa responsabilidade fazer as melhores escolhas possíveis, para que no futuro não desejemos que alguém construa uma máquina do tempo a fim de tentar reparar o irreparável.

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