Pular para o conteúdo principal

Que diminua eu, para que ele cresça?


Viver nem sempre será leve e agradável, pode ser cansativo e massacrante. Partindo deste pressuposto, podemos afirmar, que nem todas as pessoas veem a vida de forma positiva. Isso porque todos os seres humanos são diferentes psicologicamente e individualmente tem uma história de vida. ­­­Alguns têm um repertório melhor que outros para lidar com emoções. Até porque, não é fácil conseguir manter-se sereno diante das adversidades administrando as emoções.

Enquanto uns acreditam que são responsáveis pela construção da sua própria história e seguem em busca de alcançar aquilo que tanto almeja, outros optam por assumir o papel de vítima.

Aqueles que adotam tal postura, atribuem tudo o que acontece em suas vidas, à má sorte, ou a interferência de terceiros. Distorcem a realidade e terceirizam a responsabilidade. Alguns são extremamente dramáticos e manipuladores, e muitas vezes acabam sendo preservados de críticas, por serem mais suscetíveis à compaixão. Aqueles que agem diferente em relação a uma suposta vítima, podem ser considerados insensíveis.

Pessoas que apresentam tal padrão, alimentam em nós um sentimento de culpa, fazendo com que de alguma forma nos sentimos responsáveis por algo. Nos levam a repensar a nossa vida, nossas escolhas, fazendo-nos esquecer quem somos, e principalmente o caminho árduo percorrido para chegar aonde estamos. E ao invés de nos sentirmos alegres pelas nossas conquistas, nos sentimos culpados pelo outro não alcançar o mesmo patamar.

Precisamos ter bastante cuidado ao nos aproximar de pessoas que ao invés de comemorar conosco as nossas conquistas, desenvolvem em nós um sentimento de tristeza a ponto de nos colocarmos em posição inferior para que o outro se sinta melhor.

Diante de tantas lutas, de uma caminhada árdua de esforço e dedicação, é saudável diminuirmos para que o outro cresça e se sinta melhor?

Antes de amar o próximo, é preciso amar a nós primeiro. Ninguém que valha a pena, permite que você diminua para que ele cresça. Esse tipo de sentimento é egocêntrico e maléfico.

Que possamos reavaliar os nossos relacionamentos e nos afastar de todos aqueles que a todo custo se esforçam para nos diminuir e crescer às custas do nosso altruísmo.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Resenha do filme mãos talentosas

Mãos Talentosas retrata a vida de Ben, um menino pobre, negro, que não tinha muita chance de crescer na vida, ou seja, de se tornar um homem bem-sucedido. Ben sempre tirava notas muito baixas na escola e por conta disto era altamente criticado pelos colegas, fazendo com que ele se sentisse como uma pessoa burra, e assim desenvolvendo um temperamento muito agressivo. A mãe de Ben sempre acreditou no potencial de seu filho, incentivando-o a estudar, a trocar a TV por bons livros, a não desistir, pois acreditava que o filho teria um futuro totalmente diferente do seu. Através do esforço, incentivo e dedicação da mãe, Ben chegou a ser o melhor aluno da sala. Cresceu e conseguiu alcançar o seu objetivo, não só se tornou médico, mas o melhor neurocirurgião do mundo. Quando comparamos o filme ao universo do coaching, logo podemos perceber o poder da Programação Mental Positiva, exercida pela mãe de Ben, que o ensinava todo o tempo a materialização dos seus pensamentos, ou seja, fazendo com qu...

Nosso poder de decisão

Em certos momentos de nossas vidas, nos deparamos com desafios que parecem nos sobrecarregar. Nossas escolhas podem parecer equivocadas, e a vida se apresenta ainda mais difícil. Nestes momentos de incerteza, é natural ansiar por alguém com quem possamos compartilhar nossas dúvidas e inquietações, alguém que nos oriente ou simplesmente nos ouça.   A necessidade de sermos ouvido é profunda, mas será que estamos nos abrindo com as pessoas certas? Será que elas estão aptas a nos orientar de maneira adequada?   Essas perguntas nos fazem questionar quem realmente está no controle de nossas vidas. Permitir que terceiros decidam por nós pode ser um grande obstáculo para nosso sucesso. Reconhecer esse tipo de comportamento é um passo importante, pois nós somos as pessoas mais aptas a identificar os nossos problemas e as mais interessadas em resolvê-los. Portanto, é fundamental aprender a escutar a nossa própria voz interior, ouvir o que nosso coração diz, o que nossa razão orienta e...

Aprendendo a orar com as formigas

Outro dia, vi uma formiga que carregava uma enorme folha. A formiga era pequena e a folha devia ter, no mínimo, dez vezes o tamanho dela.  A formiga a carregava com sacrifício. Ora a arrastava, ora a tinha sobre a cabeça. Quando o vento batia, a folha tombava, fazendo cair também à formiga. Foram muitos os tropeços, mas nem por isso a formiga desanimou de sua tarefa. Eu a observei e acompanhei, até que chegou próximo de um buraco, que devia ser a porta de sua casa.Foi quando pensei: “Até que enfim ela terminou seu empreendimento”. Ilusão minha. Na verdade, havia apenas terminado uma etapa.    A folha era muito maior do que a boca do buraco, o que fez com que a formiga a deixasse do lado de fora para, então, entrar sozinha. Foi aí que disse a mim mesmo: “ Coitada, tanto sacrifício para nada.” Lembrei-me ainda do ditado popular: “ Nadou, nadou e morreu na praia.” Mas a pequena formiga me surpreendeu. Do buraco saíram outras formigas, que começaram a cortar a folha em peque...