Recentemente, assisti a uma série que retrata a história de uma banda formada por garotas que alcançou sucesso nos anos 2000, mas logo caiu no esquecimento. Duas décadas se passaram e elas se reúnem para tentar recuperar a fama perdida.
Durante todo esse tempo, as garotas perderam o contato entre si e tudo que sabiam uma das outras era através das redes sociais. Uma das integrantes, em particular, exibia uma vida luxuosa em seu Instagram, com fotos de viagens em jatos particulares e ostentação de riqueza, o que levava as outras a acreditarem que ela era extremamente bem-sucedida.
No entanto, quando elas finalmente se reencontram, a ilusão criada nas redes sociais desmorona. A vida luxuosa era apenas uma fachada, e a amiga em questão trabalhava em um aeroporto, emprego que facilitava tirar fotos em jatos particulares.
É impressionante como as redes sociais têm o poder de distorcer a realidade. As pessoas são facilmente enganadas pelas imagens e informações que lhes são apresentadas.
Atualmente, vivemos em duas realidades paralelas: a real, e a que é criada e alimentada pelas redes sociais. Nesse universo virtual, temos acesso a uma infinidade de ferramentas, desde filtros que retocam imperfeições até recursos que permitem simular emoções e situações.
Tudo se tornou tão normal, que inexiste esforço da maioria das pessoas em tentar distinguir o real do irreal. E olha que nem estou falando das “fake news”, porque mesmo depois de tanta conscientização, muitos indivíduos continuam sem se dar o trabalho de verificar a veracidade das notícias antes de disseminá-las.
Essa busca incessante por aprovação e likes têm levado as pessoas a extremos. Alguns chegam a forjar situações, como ataques racistas e homofóbicos, apenas para chamar a atenção e ganhar notoriedade. Um ator brasileiro forjou contra si, um espancamento seguido de assalto.
E as ofertas para ganhar dinheiro fácil?
Dizem que “uma mulher prevenida vale por duas”, então, prefiro “pecar” pelo excesso de cuidado. Sou daquelas que acredita que “quando o milagre é demais o santo desconfia”. Talvez tenha me traumatizado pela descoberta prematura de que Papai Noel não existia ou, talvez, pelo fato de optar por não viver de ilusões.
Diante desse cenário, é essencial exercitar o discernimento e a capacidade de distinguir o real do virtual. É preciso questionar, verificar e não se deixar levar pelas ilusões criadas nas redes sociais.
Como disse Victor Hugo, "As ilusões sustentam a alma como as asas sustentam o pássaro".
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