Na infância, minhas amigas e eu nos divertíamos tentando misturar óleo e água, sem compreender por que essa mistura era impossível. Com o tempo, aprendemos que há uma explicação lógica para isso. De acordo com especialistas, a diferença de polaridade entre as substâncias impede a união entre elas.
Contudo, não são apenas o óleo e a água que enfrentam dificuldades para se misturar. Nós também. Uma das maiores resistências do ser humano é se relacionar com pessoas que considera "diferentes". E por isso, para alguns, é bem mais cômodo conectar-se com àqueles os quais encontram semelhanças concernentes às suas preferências.
Conviver com pessoas que têm sonhos, pensamentos e interesses diferentes dos nossos pode parecer desafiador. No entanto, apesar de a água e óleo não se misturarem, não significa que nós não podemos aprender a lidar com essas diferenças. Afinal, ninguém é igual a ninguém, e as diferenças não devem ser vistas como obstáculos, mas como uma oportunidade de crescimento e complemento.
Aceitar as diferenças do outro é abrir espaço para o próprio crescimento. O diferente se completa e traz equilíbrio. Não é saudável querer que as pessoas se adaptem a nós, pois cada indivíduo tem seu próprio modo de ser e viver.
Como disse Mario Sergio Cortella, “Há uma diferença entre adaptação e integração. Não somos um animal de adaptação, mas de integração. Quando alguém se adapta a uma situação, é por ela absorvido. Quando alguém se integra, passa a fazer parte. Quando adaptado, é parte, tem uma postura passiva. Quando integrado, faz parte, a postura é ativa.”
Um relacionamento saudável, seja pessoal ou profissional, é resultado de integração, não de adaptação.
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