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Nem todas as “jaulas” são iguais

 




Em 1965 o psicólogo Seligman, da Pensilvânia, realizou um experimento com cães, sem causar danos aos animais.

 

Ele separou dois grupos de cães. Os grupos foram colocados em duas jaulas, cujo chão estava conectado a uma corrente elétrica, que disparava pequenos choques, de baixa intensidade, porém incômodos. Havia uma diferença, entre as jaulas, em uma delas, havia um dispositivo onde os animais conseguiam desligar o sistema que provocava os choques. O segundo grupo podia desligar os choques, enquanto o primeiro era obrigado a se acostumar com o incômodo.

 

Após se acostumarem com suas condições, ambos os grupos foram colocados em uma terceira jaula, idêntica às anteriores, mas com uma pequena barreira removível para escapar dos choques. Surpreendentemente, os cães do primeiro grupo, que não podiam desligar os choques na primeira etapa, não tentaram pular a barreira na terceira jaula, mesmo com a possibilidade de escapar. Já os cães do segundo grupo, que tinham controle sobre os choques, imediatamente pularam a barreira para se livrar do incômodo.

 

Semelhantes experimentos foram realizados com humanos, e os especialistas chegaram à conclusão de que, quando submetidos a situações difíceis e repetíveis, tendemos a nos tornar passivos e resignados, mesmo quando a solução está ao alcance.

 

Experiências frustrantes, nos levam a acreditar que não temos como mudar determinadas situações.

 

No entanto, é importante compreender que, por mais desafiadora que seja a situação, sempre há uma saída. Nem todas as "jaulas" são iguais, e não devemos nos conformar com a ideia de que não podemos mudar nossa realidade. Como bem disse o gato no filme "Alice no País das Maravilhas": "Onde fica a saída?" perguntou Alice ao gato que ria. "Depende," respondeu o gato. "De quê?" replicou Alice. "Depende de para onde você quer ir..."

 

 

 

 

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